sábado, 19 de fevereiro de 2011

Bebê salvo em córrego recebe o nome Bíblico de Moisés





Após ser jogado em córrego e resgatado, bebê recebe o nome de Moisés que significa “salvo das águas”, é o nome dado ao recém-nascido que sobreviveu depois de ter sido jogado num córrego da Baixada Fluminense.Muitos candidatos querem adotar o bebê, inclusive o homem que salvou a criança. Nesta sexta (18), o pedreiro visitou a maternidade onde o bebê está internado. E se emocionou de novo.



Confira a reportagem:



O segundo dia na UTI foi de progressos. O pequeno Moisés, como carinhosamente tem sido chamado, já respira sozinho, não recebe mais oxigênio. O exame de sangue constatou uma infecção, porque o bebê teve contato com a água contaminada do esgoto, por isso a internação deve durar cerca de 15 dias, enquanto ele estiver recebendo antibióticos.
No sábado (19), já deve começar a dieta com leite.

O recém-nascido foi encontrado em um córrego ainda com o cordão umbilical. Segurava um galho de árvore quando foi resgatado. A polícia ainda procura a mãe da criança, principal suspeita de ter atirado o bebê de uma altura de quatro metros.

O que levaria uma mulher a fazer isso com o filho? Um obstetra explica que há casos raros de psicose pós-parto, um quadro mais grave que o da depressão. E que pode levar a mãe a situações extremas num período de 48h a 72h depois do parto. O bebê jogado no córrego tinha poucas horas de vida.

“Medo, angústia, ansiedade. A pessoa se encontra sozinha. Não tem uma família que ajude. Ela não tem quem vá ajudar a cuidar do filho. E o desespero. Acho que só o desespero pode levar uma mãe fazer isso”, afirmou o médico Ricardo Abrahão.

Seu Luiz Carlos, que se jogou na água para salvar o menino, fez questão de visitar a criança nesta sexta (18), na UTI. Só pôde espiar pelo vidro, o bastante para emocionar o pedreiro que é pai de sete filhos, dois deles adotados.

“Nossa, é demais. O desejo é pegar. Ele lutou muito para estar aqui hoje. A vitória maior foi dele”, disse o pedreiro Luiz Carlos Militão.

Assim que receber alta o bebê vai ser encaminhado para um abrigo municipal à espera de adoção. Segundo o conselho tutelar, em casos como este, os bebês não chegam a ficar nem dois meses no abrigo. Existe uma fila de interessados na adoção de crianças. E de quinta pra sexta, o conselho recebeu mais de 50 ligações de pessoas querendo informações sobre como se inscrever para tentar ter a guarda do menino.

Seria o recomeço feliz para esse bebê, nessa história que comoveu o país.

“Agora essa história morra. E, agora sim, é nova vida pra essa criança. Que ele tenha outra família. É uma criança que é bem vinda pra todo mundo. Tem tantas pessoas querendo. Até eu, se derem pra mim, eu quero”, completou Luiz Carlos.


Fonte: Jornal Nacional (18/02/2011)

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